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Paranormal e Pseudociência em exame
 


Farsas do além - Cientistas desvendam fenômenos paranormais


                                                                                                 equipe do Fantástico - Rede Globo
 


Se você nunca viu, já deve ter pelo menos ouvido alguém contar uma história de imagens de santos que derramam lágrimas de sangue. Ou de objetos que parecem se mover sozinhos. Ou espíritos que parecem se materializar. Um grupo de cientistas dá o veredicto: é tudo fraude!

Os investigadores do oculto já revelaram muitos truques chamados de fenômenos paranormais, desmascararam charlatões, desmontaram mecanismos que fraudavam pessoas doentes e crédulas. São cientistas céticos, não acreditam em nada do que vêem. Até agora ninguém nunca demonstrou que um fenômeno paranormal existe e que pode ser reproduzido. Eles não acreditam, até que provem o contrário. Estes detetives do além há mais de dez anos repetem a mesma pergunta: a paranormalidade existe?

A Associação dos Céticos oferece US$ 1 milhão para quem conseguir apresentar um fenômeno paranormal verdadeiro.

Quatro copos e um pedaço de plástico foram capazes de enganar muitos, por muito tempo. Com o poder das mãos, uma paranormal russa conseguia movimentar um tubo de charuto para lá e para cá. Sem dificuldades, uma astrônoma parece ter o mesmo poder. O poder é da eletricidade estática O truque, passar o braço ou um pano na superfície de plástico para carregar a placa com eletricidade. O porta-charuto, também carregado, vai escapar do toque da mão por um simples efeitos da física.

Num parque de Milão, o psicólogo e escritor Máximo Polidoro, coordenador do grupo dos céticos, contou também que é também um prestidigitador, aprendeu a arte do ilusionismo com um famoso mágico americano. Foi ele quem descobriu que paranormais como Uri Geller não passam de ilusionistas.

As sessões espíritas sempre contaram com um aliado importante: a penumbra. Muitos médiuns falam que numa atmosfera como essa um espírito pode chegar mais facilmente à mesa. Não quer dizer que não existam pessoas sérias, mas a Associação dos Céticos se ocupa dos que enganam. O grupo se prepara para exibir uma fraude descoberta nas Filipinas, a cirurgia espiritual, um fenômeno que também ficou muito popular no Brasil.

Eles tentam encontrar uma cor para imitar o sangue. A sala de operação está no escuro. Luz suave e discreta só na paciente. Chegam os que vão acompanhar a operação, de apenas um lado da sala. O médium prepara-se para a cirurgia. Parece que ele abre a barriga da paciente com amão. O sangue começa a escorrer. O médium, supostamente possuído pelo espírito de um médico, procura o tumor dentro da barriga e de lá tira pequenos pedaços. A paciente está acordada. O médium tira a mão lá de dentro, enxuga o sangue e a barriga está fechada, sem cicatrizes.

A fraude: um saquinho de sangue está escondido no meio do algodão. Como um mágico, o curandeiro esconde o sangue entre os dedos. Com os dedos que parecem perfurar a barriga, rompe o saquinho de sangue. Os curandeiros usavam sangue de galinha. Tanta gente, nos anos 70 e 80, foi às Filipinas com a ilusão de curar uma doença grave, mas os tumores retirados eram miúdos de frango.

Um braço capaz de revelar segredos dos mortos. A cliente quer saber qual é o espírito presente na sala e pergunta “Quem é você?”. O médium queima o papel e usa as cinzas para dar a resposta. Passa as cinzas no braço. A resposta vem direto do além. O físico explica: o espírito é um pouco ácido, foi feito com a mão. O truque é quase colegial. Um pincel, um limão e o poder de aderência do fruto à pele. Em poucos minutos as letras desaparecem no braço e reaparecem no contato com as cinzas.

Uma moeda colada a uma lâmpada com um pouco de cera. A lâmpada é colocada num abajur de teto. Quando a luz é acesa, a lâmpada esquenta e derrete a cera. A moedinha se materializa, cai do nada.

Um químico também enfrentou a Igreja Católica. Suspeitou da veracidade do milagre de San Genaro, a relíquia contendo o sangue do santo protetor dos napolitanos que se liquefaz uma vez por ano, segundo a Igreja, por milagre. O químico descobriu que no ano de 1389, quando a relíquia do santo apareceu, os alquimistas já conheciam uma substância vermelha muito parecida com a que ele descobriu. “A nossa explicação é que em Nápoles, durante a missa, a ampola do sangue é manipulada. São os movimentos que fazem o conteúdo dissolver, não um milagre”, diz o químico.



PUBLICADO NO FANTÁSTICO G1.GLOBO.COM - 22.09.2002

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